Zoonoses: Um desafio da Saúde Animal, Humana e Ambiental

A saúde animal, humana e ambiental caminham juntas.

Equipe Técnica Flevet
15/07/2025

Zoonoses são doenças infecciosas que afetam tanto animais, como seres humanos. Elas representam uma preocupação global constante, já que seus agentes causadores — vírus, bactérias, fungos ou parasitas — têm o potencial de comprometer cadeias produtivas, sistemas de saúde pública e o bem-estar animal. Em um cenário de interdependência entre saúde animal, humana e ambiental, o papel do médico-veterinário é essencial para o monitoramento, prevenção e controle dessas enfermidades.

 

Panorama Global e Local

De acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal (WOAH/OIE), cerca de 60% das doenças infecciosas que acometem humanos têm origem zoonótica. No Brasil, além de arboviroses como a dengue — uma das mais incidentes —, a própria COVID-19 destacou o risco pandêmico associado a zoonoses e a importância do controle sanitário em todos os níveis da cadeia de saúde.

A capacidade de adaptação e mutação dos agentes zoonóticos representa um alerta constante para os sistemas de vigilância em saúde. Doenças como o HIV, por exemplo, têm origem zoonótica e evoluíram para se tornarem cepas exclusivamente humanas. Além disso, zoonoses também podem comprometer a segurança alimentar, afetando diretamente a produção de alimentos de origem animal com possíveis interrupções e perdas econômicas. Entre as zoonoses de maior preocupação atualmente, destacam-se:

  • Leptospirose: Bactérias do gênero Leptospira transmitidas através do contato com água contaminada com a urina, principalmente de roedores; atinge humanos e animais.

  • Esporotricose: Fungos do gênero Sporothrix transmitidos por arranhaduras de gatos doentes.

  • Leishmaniose: Parasitas do gênero Leishmania transmitida através da picada de mosquitos flebotomíneos; afeta cães e humanos.

 

A origem de muitas dessas doenças está diretamente ligada à degradação ambiental, intensificação da urbanização e às mudanças climáticas. Esses fatores ampliam o risco de emergência de novas zoonoses e da reemergência das já conhecidas.

Sua prevenção exige estratégias específicas conforme o tipo de patógeno, o hospedeiro envolvido e o ambiente onde ocorre a transmissão. Entre essas medidas, destacam-se as práticas de biosseguridade, o controle sanitário na produção de alimentos de origem animal e a vigilância constante em populações animais e humanas. Cabe ao médico veterinário atuar na identificação de riscos e contenção de surtos, assim como na orientação sobre boas práticas de manejo, higiene e controle de vetores. 


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